27 janeiro, 2011

MInha casa

Moro num apartamento em Londres, relativamente grande - com 05 quartos, 02 banheiros, sala, cozinha, distribuídos em dois andares – cada quarto é alugado separadamente.
Divido o apartamento com Portugueses, Romenos e Brasileiros. Aqui as pessoas mudam muito de casa, conforme a facilidade.
Em cada quarto há geladeira, armários, TV, é completo. Cozinha mobiliada com utensílios, máquina de lavar e secar, e todas as contas inclusas.
Eu tenho até uma varanda, ainda não usei, estou esperando o verão.
Sinceramente, vejo pouco, os meus vizinhos, cada um trabalha em local e horários diferentes, nem parece que no apartamento convivem 07 pessoas.
É como um camping há aquele “ar” de respeito e solidariedade com o próximo.
Tivemos muita sorte, porque temos vizinhos ótimos, e que estão sempre nos ajudando.
Ano passado, também nos mudamos em São Paulo, foi minha primeira experiência no assunto. E agora Londres, me fez perder um pouco a referência de “meu” lar. E ganhar mais referencia a respeito de convívio, pois na verdade o meu lar sou eu.
Hoje entendo muito melhor, quando conversando com uma amiga, que já havia morando em Londres, no meio das dicas e conversas... o termo despojada.
É preciso desprendimento, das coisas matérias, das pessoas (tão longe), da rotina – mesmo sabendo que será temporário – para aproveitamento 100% do agora, aprender e curtir cada detalhe.
Mas será que, esse sentimento, não será o certo? Com certeza.
E quando vemos, estamos vivendo bem, com bem menos.
Não apenas em coisas materiais (não estou passando por nenhuma dificuldade), mas em adaptação, calma, organização, espaço.   
Essa é a porta deixada aberta para a entrada de outras culturas.

23 janeiro, 2011

Folga

Estou aproveitando as folgas do trabalho para escrever, enquanto não começa as aulas, não vejo à hora, dia 07 será a entrevista.
Muitos vivem anos em Londres, trabalham e voltam para o Brasil, sem falar absolutamente nada de inglês.
Portanto é preciso estudar, e conseqüentemente buscar um trabalho melhor, tanto em condições como financeiramente.
Há vários turnos e serviços “part-time” (meio período) de duas horas - das cinco às sete da manhã, por exemplo, esses na maioria são de limpeza.
Os brasileiros é que limpam Londres!
Estou trabalhando num “full-time”, os ingleses consideram período integral, mas é de apenas 6 horas.
E o pagamento é semanal ou quinzenal na maioria das vezes. As férias são tiradas a cada três meses, uma semana.
Li vários anúncios, fui a Job Centers... E no fim encontrei meu emprego no Orkut.
Há várias comunidades de brasileiros que moram em Londres, têm de tudo, aqueles que adoram e não voltam mais, e os que detestaram as experiências.
Eu estou em fase experimental.
Experimentando as marcas diferentes dos mercados...kkkk
O mais barato chama-se Tesco, cada compra é uma aventura. Encontrar o creme de leite.... Achar um suco, que não seja de laranja e gostoso. Pois a maioria dos sucos é de laranja natural, os concentrados, porque aqui não temos o suco de “saquinho em pó”.
Eu tomo de café da manhã, chocolate quente, esquenta e é super prático, porque já vem pronto (chocolate+leite), basta apenas adicionar água e açúcar.
Também não há açúcar refinado, apenas granulado, nada  que faça mal a saúde do primeiro mundo.

16 janeiro, 2011

A tropa ambidestra

Estou a três meses morando em Londres e agora descobri a razão da mão inglesa, e a curiosidade maior, é que no Brasil utilizamos a mão francesa.
Precisamos voltar no tempo dos Cavaleiros na Inglaterra, para chegarmos à origem dos termos.
 Com a mão esquerda os soldados da realeza seguravam as rédeas, e com a direita a espada para combate, pois a maioria era destra, portanto os inimigos deveriam ficar na direita, devendo manter o lado esquerdo da rua.
Complicado, ainda mais para mim que vivo confundindo direita e esquerda, quando vou atravessar a rua nunca sei para que lado deva olhar, olho para os dois.
Deve haver muito mais pessoas como eu, e tem também os turistas, pois aqui em Londres nas faixas de pedestres tem uma seta no chão indicando o sentido da via.
Já na França, por ordem de Napoleão, que era canhoto, todos deveriam usar o lado direito para assim empunhar a espada com a mão esquerda, surgindo a mão francesa.
E assim Napoleão perdeu a guerra...
Toda a sua tropa tendo que lutar segurando a espada com a mão esquerda, já viu né?
Não é só a direção dos carros que mudam de lugar, é o lado do ônibus, o ponto, as placas de trânsito.
Engraçado quando vou pegar ônibus, estou no ponto e me pego parada olhando para o outro sentido (o nosso sentido aí no Brasil), ai o ônibus passa de costas ou então eu pego o ônibus para o sentido errado.
Uma questão de hábito.
O que já me adaptei e achei super prático, é no ônibus, uma gravação falar nome do ponto e o local, ajuda muito; como no metro.
A voz é de uma mulher, eu fico prestando atenção para ouvir o sotaque e aprender a falar o nome dos lugares, nessa hora descubro cada mico.
Também utilizo o metro para ir trabalhar, as estações são enormes, é como se fossem a Sé, com muitas baldeações.

Descobri a pouco tempo, que num mesmo trilho, na mesma plataforma, passam vagões para diferentes destinos, é preciso prestar atenção na cor das barras (onde a gente se segura), que correspondem à cor da linha. Pena que só percebi isso quando passei pela quarta estação para o outro sentido.
Fica a dica.

15 janeiro, 2011

Paciência


Deus escreve certo por linhas tortas. É um ditado popular, e como todo ditado muito verdadeiro.
Não sabemos sobre o futuro, e também não entendemos. Mas me surpreendo a cada dia vendo as escolhas simples que fiz se transformarem em caminhos a serem percorridos.
Tantas opções, nem passam pela mente. E dia a dia, a cada momento estamos construindo nosso crescimento interior. Pois no final é disso que estamos falando.
Pode envolver sonhos, pessoas, profissão, não importa; é uma trama com momentos de alegria e tristeza, e principalmente paciência.
A espera por resultados, solução... Está sendo o meu aprendizado, eu nem imaginava como meus sonhos estariam envolvidos.
Essa é a graça, o-não-saber e o-saber-perceber o tempo.
Talvez nosso subconsciente saiba, talvez fosse a explicação para a tendência a certas escolhas, com certeza alguém sabe.
Dalí em 1933, com Relógios Moles e o Surrealismo, soube.

Janeiro

Este é o mês da inauguração.
O primeiro mês do ano, composto por 31 dias. O nome provém do latim Ianuarius, uma homenagem a Jano, deus do começo na mitologia romana, que tinha duas faces, uma olhando para trás, o passado e outra olhando para a frente, o futuro.
Depois de minha ultima postagem, veio o final do ano... E tantas coisas aconteceram...
Eu adoro o Natal, principalmente a preparação, é uma festa!
As roupas, comida, presentes, decoração, as luzes e árvore, eu entro no clima, e aproveito.
Acho o máximo aquele “floquinho” utilizado como decoração.
A neve é a queda de cristais de gelo, e a forma do mesmo depende de condições de temperatura e pressão no momento de sua formação.
A disposição física de cada cristal de gelo em forma de floco, observados de um microscópio, é incrível. Uma pequena estrela, que caiu do céu.
Representando o Natal, pois em muitos lugares do mundo, nessa época neva. Pena que no nosso, neste ano, não nevou!
Fica para o próximo...
Em compensação tivemos fogos maravilhosos no Ano Novo. É uma energia, todos juntos na contagem regressiva para começar um novo ano, também chamado de réveillon, do verbo francês réveiller, que em português significa "despertar".
2011 de acordo com a numeroligia, é um ano de trabalho e estruturação para as mudanças que estarão por vir, que coincidência, meu ano!